segunda-feira, 28 de novembro de 2011

14. Carta para alguém de quem te afastaste


se à um tempo me perguntassem se sequer punha a hipótese de me distanciar de ti desta maneira ria-me. e ria-me pelo facto de achar quase impossível, quase absurdo, incapaz. se me perguntasses agora se acho que nos vamos voltar a dar como antes, a resposta é a mesma. custa. se algum dia tivesse de escolher alguém para voltar escolhia-te a ti. nunca me esqueci de ti, sabes. mesmo quando passavas e não falavas. mesmo quando deixas-te de mandar mensagens a desejar-me boa noite e etc-fazia-lo todas as noites-. mesmo quando deixas-te de me perguntar se queria sair. deixei de acreditar em coisas que achei num futuro próximo serem possíveis de se realizar. foste talvez das pessoas que mais me marcou. há um tempo em que temos que largar o que já não nos faz falta e nos atrapalha, mesmo que custe. há um tempo em que aprendemos o significado de deixar para trás. e eu não quero que isso aconteça contigo. prometi e vou cumprir, mesmo que um dia te esqueças de quem sou, de onde venho, onde vivo e qual a minha história. mesmo que te esqueças do dia em que faço anos, do meu nome. não tenho coragem e acho que nem sequer devo pedir-te para voltares. mas pelo menos, diz-me se andas bem. amo-te

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