«quando se gosta de alguém - mas mesmo a sério - não há nada mais importante do que essa outra pessoa. e sendo assim, não há SMS que não se receba porque possivelmente não vimos, porque se calhar estávamos a passar num sitio sem rede, porque a minha amiga não me deu o recado, porque não percebi que querias estar comigo, porque não recebi as flores que pensavam não serem para mim, porque não estava em casa quando tocaste. quando se gosta de alguém temos sempre rede, nunca falha a bateria, nunca nada nos impede de nos vermos e nem de nos encontrarmos no meio de uma multidão de gente. quando se gosta de alguém não respondes a uma mensagem só no final do dia, não temos acidentes de carro, nem nunca os nossos pais se sentem mal a ponto de impossibilitar o encontro. quando se gosta de alguém ouvimos sempre o telefone, a campainha da porta, lemos sempre a mensagem que nos deixam no vidro embaciado do carro desse inverno rigoroso. quando se gosta de alguém – estou a escrever para os que gostam – vamos para o local do acidente com cara amigável, vamos ter com ela ao corredor do hospital ver como estão os pais, chamamos os bombeiros para abrirem a porta, mas nada, nada nos impede de estar juntos, porque nada nem ninguém é mais importante do que nós.»
segunda-feira, 14 de novembro de 2011
«quando se gosta de alguém - mas mesmo a sério - não há nada mais importante do que essa outra pessoa. e sendo assim, não há SMS que não se receba porque possivelmente não vimos, porque se calhar estávamos a passar num sitio sem rede, porque a minha amiga não me deu o recado, porque não percebi que querias estar comigo, porque não recebi as flores que pensavam não serem para mim, porque não estava em casa quando tocaste. quando se gosta de alguém temos sempre rede, nunca falha a bateria, nunca nada nos impede de nos vermos e nem de nos encontrarmos no meio de uma multidão de gente. quando se gosta de alguém não respondes a uma mensagem só no final do dia, não temos acidentes de carro, nem nunca os nossos pais se sentem mal a ponto de impossibilitar o encontro. quando se gosta de alguém ouvimos sempre o telefone, a campainha da porta, lemos sempre a mensagem que nos deixam no vidro embaciado do carro desse inverno rigoroso. quando se gosta de alguém – estou a escrever para os que gostam – vamos para o local do acidente com cara amigável, vamos ter com ela ao corredor do hospital ver como estão os pais, chamamos os bombeiros para abrirem a porta, mas nada, nada nos impede de estar juntos, porque nada nem ninguém é mais importante do que nós.»
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